terça-feira, 9 de março de 2010

La Habana



O mundo dorme no seu próprio ego.

Ninguém sabe, mas eu vejo, eu sinto,

Estou aqui e junto as peças deste lego.

A liberdade está ali dentro dele e eu pinto

A tinta iletrada de tudo e nada,

De um mundo pobre de bolso,

De um mundo rico de espírito e fachada.

Mas admiro o esforço.

A vida lá fora é medonha: ruas pobres e imundas.

Transpiro o cheiro, a sede de mais dos demais transeuntes

desta vila do mundo para o mundo.

Tudo fica confuso.

é transparente e azul

como o céu do sul.

Por outro lado é escuro, puro.

É liberdade fechada

Imprópria para consumo.

E acendo mais um e fumo.

Salta. Salta todas as vezes necessárias.

Se me deixares eu salto contigo

De Havana tu és filho

Porque a vida é um sarilho .

Ana Lucas

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